domingo, 20 de maio de 2012

Passaporte Carimbado- Ana Luiza e Fernanda Oliveira

A disputa interna foi complicada. Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan garantiram a vaga olímpica numa disputa intensa com Martine Grael e Isabel Swan.

No mundial do ano passado, Martine e Isabel foram bem melhores. No pré olímpico brasileiro, disputado apenas entre as duas duplas, melhor para Fernanda e Ana Luiza. No desempate, o Trofeu Princesa Sofia, melhor para Ana Luiza e Fernanda. "Tentamos começar o campeonato fazendo o nosso melhor, sem pensar nas outras brasileiras. Aí,depois,foi só administrar para assegurar a vaga' disse Fernanda que, em Pequim, ganhou a medalha de bronze ao lado da hoje rival Isabel Swan.

A dupla tem conseguindo alguns resultados regulares na temporada. No mundial que terminou ontem,por exemplo, ficaram na nona posição, mais uma vez na Regata da Medalha, como também fizeram no Evento teste, ano passado, que foi disputado nas mesmas condições da Olimpíada. "No evento teste do último ano chegamos na Medal Race com chance de medalha. Acabamos em quinto lugar, o que foi um belo resultado! O vento pode ser forte ou fraco, já velejamos lá com todas condições. Não temos preferência" garante a medalhista olímpica.

Durante o ciclo olímpico, elas tiveram resultados piores do que das adversárias, tanto que começaram a corrida olímpica atrás. Porém, a virada começou no pré olímpico brasileiro, em que elas derrotaram as rivais numa estratégia muito bem feita por Fernanda, especialista em provas de Match Race, aquelas em que são apenas dois barcos na disputa de cada prova. Depois, valeu a melhor técnica e experiência de três Olimpíadas de Fernanda, que garantiu vaga durante o Trofeu Princesa Sofia.

Quanto a "novata" parceira, Fernanda só tem elogios: "Tenho 31 anos e estarei na minha quarta Olimpíada. Ajudarei a Ana no que for possível. O importante é estarmos sempre perto, conversando e focadas".

A dupla chega a Londres de forma muito parecida com que Isabel e Fernanda chegaram a Pequim. Aquela dupla que todo mundo sabe que é boa, que pode surpreender, mas está longe de ser favorita. Sem pressão pela medalha, mas sabendo da possibilidade de um bom resultado: " Eu já sou bastante exigente comigo mesma, por mais que exista uma pressão externa, natural dos Jogos Olímpicos, estou acostumada a me exigir bastante e durante toda minha carreira foi assim. Com o tempo, tendo já vivido situações de pressão, é mais fácil passar por esses momentos" garante a gaúcha. 

A dupla é atual décima colocada do ranking mundial. Esse ano, já disputaram duas etapas da Copa do Mundo, ficaram uma em oitavo lugar e outra em décimo primeiro. Ano passado, chegaram a duas Regatas da Medalha em Copas do Mundo, uma em quarto em outra em quinto lugar.

A dupla está bem, entre as melhores do mundo. Está naquele grupo que não é favorito ao pódio mas pode surpreender, assim como aconteceu em Pequim.

Resta saber se dois raios caem no mesmo lugar...

A série Passaporte Carimbado falará das chances de cada um dos brasileiros que vão a Londres. Objetivo é chegar aos Jogos Olímpicos tendo entrevistado TODOS os brasileiros de provas individuais e uma boa parte dos coletivos.



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